segunda-feira, 15 de abril de 2013

Manchas, proeminências e explosões solares

Por meio de imagens de telescópios, podemos ver diversas características interessantes no Sol que podem afetar a Terra. Vejamos as manchas, as proeminências e as explosões solares.
Manchas solares
As manchas solares são áreas escuras e frias que aparecem em pares na fotosfera, e são caracterizadas também como campos magnéticos intensos (cerca de 5 mil vezes maiores que o da Terra) que atravessam a superfície.As linhas de campo saem por uma mancha e entram novamente por outra. O campo magnético é gerado pelos movimentos dos gases no interior do Sol. A atividade das manchas solares ocorre como parte de um ciclo de 11 anos chamado ciclo solar em que há períodos de atividade máxima e mínima. Atualmente, estamos em época de atividade solar máxima (Figura 3).

Foto cedida pelo consórcio SOHO. O SOHO é um projeto de cooperação internacional entre a ESA e a NASA.
Figura 3. O ciclo solar de 11 anos refletido por uma série de manchas solares registradas até o momento e projetadas (linha pontilhada). São mostradas as imagens domagnetograma do MDI (em cinza) e do EIT em 195 ângstroms (em verde). Neste ciclo, o Sol passa por um período de atividade (máximo solar) seguido de um período de calmaria (mínimo solar). O nível ascendente pode ser visto claramente na comparação entre as imagens do EIT e do MDI.verde). Neste ciclo, o Sol passa por um período de atividade (máximo solar) seguido de um período de calmaria (mínimo solar). O nível ascendente pode ser visto claramente na comparação entre as imagens do EIT e do MDI.
Não se sabe o que causa este ciclo de 11 anos, mas foram propostas duas hipóteses:
  • a rotação irregular do Sol distorce e torce as linhas de campo magnético no interior. As linhas de campo torcidas atravessam a superfície e formam pares de manchas solares. Por fim, as linhas de campo se separam e a atividade das manchas solares diminui. O ciclo se reinicia;
  • imensos tubos de gás circulam no interior do Sol em altas latitudes e começam a se mover em direção ao Equador. Quando giram uns contra os outros, formam manchas. Uma vez que tenham chegado no Equador, se quebram e as manchas solares diminuem.
Proeminências solaresOcasionalmente, nuvens de gases da cromosfera ascendem e se movimentam ao longo das linhas magnéticas dos pares de manchas solares. Os arcos de gás são chamados de proeminências (Figura 4). As proeminências podem durar de dois a três meses atingindo até 50 mil quilômetros de extensão ou mais, acima da superfície do Sol. Ao atingir essa altura acima da superfície, podem entrar em erupção, algo que pode durar de alguns minutos a algumas horas, e jogar grandes quantidades de material através da coroa, que cairão no espaço a mil km/s. Essas erupções são chamadas de ejeção da massa coronal.

Foto cedida pelo consórcio SOHO. O SOHO é um projeto de cooperação internacional entre a ESA e a NASA.
Figura 4. Grande proeminência eruptiva solar na imagem do hélio-2 a 304 ângstroms com uma imagem da Terra adicionada para a comparação do tamanho. Esta proeminência em 24 de julho de 1999 foi particularmente grande e na forma de arco, e chegou a atingir 35 vezes o tamanho do planeta Terra. As proeminências em erupção, quando direcionadas para a Terra, podem afetar os aparelhos de comunicação, os sistemas de navegação e até as redes elétricas, enquanto produzem auroras visíveis no céu durante a noite.
Fulgurações solares
Às vezes, em grupos complexos de manchas solares, explosões violentas e abruptas ocorrem, chamadas de fulgurações solares. Acredita-se que sejam causadas por alterações repentinas no campo magnético em áreas nas quais ele está concentrado. As fulgurações solares são acompanhadas por liberação de gás, elétrons, luz visível, raios ultravioleta e raios-X. Quando esta radiação e estas partículas atingem o campo magnético da Terra, interagem com ele nos pólos para produzir as auroras (boreais, austrais) como mostra a figura abaixo (Figura 5). Os "flares" solares também podem interferir nas comunicações, nos satélites, nos sistemas de navegação e até mesmo nas redes elétricas. A radiação e as partículas ionizam a atmosfera e impedem o movimento das ondas de rádio entre os satélites e o solo ou entre o solo e o solo. As partículas ionizadas na atmosfera podem induzir descargas de eletricidade na fiação elétrica e levar a oscilações de energia. Essas oscilações podem sobrecarregar uma rede elétrica e causar blecautes (quedas de energia).

Foto cedida pelo consórcio SOHO. O SOHO é um projeto de cooperação internacional entre a ESA e a NASA.
Figura 5. O campo magnético do Sol e a liberação de plasma afetam diretamente a Terra e o resto do sistema solar. Os ventos solares formam a magnetosfera da Terra, e as tempestades magnéticas estão ilustradas aqui, à medida que se aproximam da Terra. Essas tempestades que ocorrem com freqüência podem interferir nos aparelhos de comunicação e nos equipamentos de navegação, danificar satélites e até mesmo causar blecautes (quedas de energia). As linhas brancas representam o vento solar, a linha roxa é a linha de choque em arco e as linhas azuis em volta da Terra representam sua magnetosfera protetora. A nuvem magnética de plasma pode ter viajado 50 milhões de quilômetros de distância no momento em que chega à Terra.


Segue  o link dessa matéria:

http://ciencia.hsw.uol.com.br/sol4.htm

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